Eu sempre fui muito auto crítica. E também muito crítica. Coisa que aprendi com mamãe. A mana sabe que nem sempre é fácil lidar com ela.
Mas, por um lado, talvez isso seja algo bom: aprendi a perceber detalhes, a valorizar as coisas bem feitas, a procurar fazer sempre um bom trabalho.
Por outro lado, perfeccionismo é algo ruim. Que faz com que a gente acabe nessa posição de perdedor, justamente porque sabe que nunca vai alcançar a perfeição. Explico: no meu caso, às vezes não faço nada simplesmente pelo medo de falhar ou por medo de que não fique exatamente como eu quero na minha cabecinha maluca. Na verdade, eu sei, eu já aprendi, mas não custa repetir mais uma vez: o que importa é tentar, é fazer!
Os resultados costumam ser melhores do que o esperado.
É um verdadeiro exercício isso de deixar o perfeccionismo exacerbado de lado. Mas acho que tenho conseguido. Tenho aprendido a pedir mais desculpas pelas coisas que merecem um pedido de desculpas, a não me desculpar por ser quem sou, e a entender que as outras pessoas também têm o direito de ser como elas são.
Esses livros de "autoajuda" que tenho lido têm sido uma boa contribuição. Sempre fui um tanto contra esses livros, mas acho que é melhor ser alguém que leia esse tipo de literatura, mesmo que apresente pouca mudança, do que uma dessas pessoas que estão sempre certas e nunca têm mais nada a aprender sobre a vida.
Eu sei que tenho muito a aprender, e também a ensinar. Mas acho que meu modelo de ensinar sempre foi meio arrogante e estou tentando deixar isso de lado. Estou desenvolvendo uma paciência verdadeira, que é compassiva e compreensiva, abandonando um modelo de paciência que na verdade era um acesso de raiva silencioso, e que só me fazia mal.
Paciência de verdade dá menos trabalho. Sério. Quando você se coloca no lugar do outro e tentar compreender realmente o que se passa com a outra pessoa, fica muito mais fácil. Muito mais fácil do que surtar internamente e fingir que está tudo bem.
Sempre achei que o amor é o caminho, e ele é. Voltei a ele. Sempre foi muito claro pra mim, o que não quer dizer que seja fácil. Mas acho que estamos tão preguiçosos que qualquer coisa que dê trabalho, torna-se automaticamente difícil, quando difícil e trabalhoso não são sinônimos. E um trabalho bem feito sempre é recompensado.
Por isso eu decidi ser fabulosa. E ser fabulosa, claro, dá trabalho. Mas não é difícil, não. E agradeço a todo mundo que embarcou nessa comigo e com a mana, está sendo uma jornada muito boa.
Seja fabulosa você também!
Beijos da Taís.