sábado, abril 14, 2012

A Síndrome de Vira-Lata e a Volta por Cima





Outro dia, a mana me xingou. Disse que eu tinha que parar com essa "síndrome de vira-lata". E eu achei que ela tinha razão.

Talvez vc não conheça essa "síndrome" por esse nome, mas já tenha sentido o que ela quis dizer. Talvez com um exemplo fique mais claro: eu sou daquelas que se arruma de manhã, se olha no espelho e se acha linda e maravilhosa... até sair na rua e achar uma mais bonita, mais bem vestida, mais magra... É aquele sentimento de que eu sempre vou ser a mais feia, mais mal vestida e mais gorda de todas... Baixa auto-estima, né?

Na semana passada, eu fui visitar uma amiga. Ela estava lindamente vestida, mas continuei me sentindo bem. Daí ela me levou numa loja chiquerésima de uma amiga dela. Lá dentro todas as mulheres eram lindas, ricas magras e tinham roupas melhores que as minhas (segundo a minha visão, claro). Experimentei uns vestidos me sentindo completamente horrenda. Me olhava no espelho e me achava gorda, com a pior pele do mundo (ignorando que eu estou em tratamento), com o cabelo mais desarrumado e com o brinco mais feio do mundo (até pro brinco sobrou) e com os dentes mais horríveis. Cheguei em casa pensando que eu tinha que rever meu armário de novo, incluindo as bijus, fazer progressiva no cabelo e passar ainda mais cremes no rosto.

Entendeu agora?

O que a mana chamou de síndrome de vira-lata é aquele pensar que nós somos feias, gordas e pior vestidas do que qualquer pessoa a nossa volta e que quase todas as pessoas no mundo são melhores do que a gente em alguma coisa.

E isso gera aquele sentimento de que a gente não merece as coisas: não somos boas o bastante, por isso, não merecemos que as coisas boas aconteçam. A gente chega a se convencer de que não quer pra não se decepcionar depois.

Mas quer saber? Isso vai mudar.

Eu sou ótima. Boa mãe, boa filha, boa amiga, boa namorida, boa profissional. Eu mereço que coisas boas me aconteçam. Talvez eu não seja tão bonita e bem vestida e magra qto eu gostaria, mas eu corro atrás e vou continuar correndo.

Por isso, eu decidi mudar a minha maneira de pensar e, consequentemente, a minha maneira de ser.


Eu tava ouvindo essa música (letra traduzida) ontem e pensando no quanto ela tem a ver com o que eu penso agora. E, embora possa parecer, isso não é uma crítica ao meu relacionamento. É uma mudança de postura de forma geral. Se é geral, tb inclui o relacionamento, mas não como alvo principal. E tem como princípios mta coisa do que diz a letra da música:

- Nós temos que ser fortes sozinhas, sem muletas. A força tem que vir de dentro de nós; e não, de fora. Buscar apoio não é feio. Feio é cair qdo não se consegue apoio, é não saber se virar sozinha, ser dependente dos outros.
- Não deixar que os outros fiquem julgando, apontando os erros, pressionando a fazer o que eles querem, tentando controlar. Nós sabemos o que fazemos de certo e errado (ou, ao menos, deveríamos saber). E errar faz parte. Assim como, nós sabemos o que queremos fazer e como fazer. Se eu não sabemos, a pessoa pode dar sua opinião, mas vamos decidir sozinhas o que for melhor.
- Não tolerar desrespeito. A pessoa que não aprender a nos respeitar não precisa fazer parte da nossa vida.
- Sejamos sempre aquilo que somos sem ligar pra opiniões alheias.
- A gente não precisa viver uma vida ruim. A vida tem que ser feliz. Se a sua não é, corra atrás.
- Nós temos que saber cuidar de nós mesmas SOZINHAS. (Nunca é demais lembrar)
- Ficar triste, cair de vez em quando faz parte... mas a gente levanta. E levanta ainda mais forte. Pronta pra próxima pancada. A vida não é fácil, mas temos que estar preparadas pra tudo.

E sempre com um sorriso no rosto lindamente maquiado.
Simples assim.

Beijinhos,
Paula
Comentários
6 Comentários

6 comentários :

  1. Ah, quantas vezes eu já não me senti assim, pra baixo e com uma enorme autopiedade. O pior é quando pessoas do nosso próprio convívio ("amigos", família) colaboram ainda mais para que nos sintamos assim, com certos comentários que nos deixam lá embaixo. Tenho descartado todos eles o que tem me feito um bem enorme.

    Mas tenho trabalhado muito para melhorar inteiormente neste aspecto, e tido bons resultados. Acho que em primeiro lugar, o ideal é não nos compararmos aos outros, já que cada ser é único e com qualidades distintas. Com certeza as suas amigas tem qualidades, mas não iguais as suas, pois você é única e tem outras qualidades, algumas só suas. Cada um de nós tem algo de bom a oferecer ao mundo, e quando nos comparamos aos outros, acabamos nos inferiorizando.

    Gostei muito do seu post, e me identifiquei com o que escreveu. Com certeza o primeiro passo para uma mudança interna é assumirmos que esse tipo de sentimento existe em nós, e transformá-lo para melhor, aplicando as mudanças necessárias para isso.

    Abraços. ^^

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  2. Super me identifiquei!! Mts vezes me arrumo toda e saio de casa me achando a Juliana Paes!! Mas encontro alguém e minha auto-estima baixa na hora, no entanto se eu tivesse um espelhinho poderia me olhar de novo e dizer pra mim mesma que sou linda, contar minha historia de vida rapidinho e lembrar que sou uma pessoa que passou por muito até chegar onde estou e q se minha vida não está como a da amiga do lado é por culpa minha, mas também dos ventos que sopraram na minha vida!!

    Eu sei que sou uma mulher de verdade e tenho que me valorizar pelo que tenho de bom e não me auto-denegrir por coisas que ainda não foram mudadas, mas que estão em minhas mãos! E saber que o que não está em minhas mãos está nas mãos de Deus e devo ser humilde para encarar minhas fraquezas... Ai que tema complexo!! hihihi

    bjksss

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  3. Meninas, que bom que vcs gostaram. Vamos juntas vencer a Síndrome de Vira-lata!!!
    Acreditar em nós mesmas pode parecer clichê, mas é o único caminho.
    Beijinhos,
    Paula

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