Essa noite eu tive um sonho. Não foi um pesadelo, mas eu fiquei apavorada! Acordei quase em pânico.
No sonho o Zeca Camargo (não sei estão acompanhando o projeto de emagrecimento dele no Fantástico) tinha enlouquecido e estava num hospício. Mas ele tinha sido liberado para ir jantar fora com a namorada (no meu sonho ele tinha uma namorada). E eu e meu namorado íamos jantar com o casal.
Saímos do hospício e fomos para o aeroporto comprar passagens, porque o Zeca Camargo queria ir jantar no Rio de Janeiro. Mas para comprar passagens no aeroporto tínhamos que ir nesse lugar maluco, que parecia um teatro e era cheio de tralhas, onde atendiam umas senhoras japonesas.
Todos passavam seus cartões de crédito e compravam suas passagens, no meio do caos que era o lugar, com comida e animais exóticos por todos os lados mas, quando chegava a minha vez, meu cartão não passava. Então uma das japonesas pegou minha carteira e começou a fazer desenhos nela, com lápis colorido e escreveu a palavra "tigre" e depois apagou. Eu perguntei o que aquilo queria dizer e ela saiu com a carteira.
A outra japonesa continuava tentando passar meu cartão numa outra máquina.
A primeira japonesa voltou e disse que eu só viveria plenamente a minha vida daqui 6 anos. Que só depois desses 6 anos eu teria coragem de levar a vida como sempre quis, de viver de verdade e fazer as coisas que eu quero.
E eu fiquei apavorada! 6 anos?! - gritei.
- E o que eu vou ficar fazendo enquanto isso?!
- Vai vivendo. Você não gosta de viver?
- Não.
Fiquei totalmente em pânico! Aquele "vivendo" dela soou como "sobrevivendo" e eu não gostei nada disso.
Nesse meio tempo a outra japonesa me devolveu meu cartão e me deu minha passagem, mas eu já não sabia as horas e se não tinha perdido o vôo e meus acompanhantes não estavam mais ali. E eu acordei.
Acordei mal humorada, e um tanto em pânico mesmo. 6 anos!!! 6 anos para ter coragem??? 6 anos pra viver como quero? Como vou ficar até lá?? Não é apavorante pensar algo assim?
E com esse pânico que eu acordei, pensei de novo que o que me atrapalha é o medo, que vira preguiça, vira desculpa, vira qualquer coisa menos AÇÃO. Porque pra mudar, pra viver como se quer, para SER quem se quer ser, é necessário AGIR. No entanto, mesmo sentindo necessidade da mudança, é sempre tão difícil!
Hoje de manhã li um texto muito bom, falando sobre a necessidade de aprendermos a viver no AGORA. Porque viver no futuro gera culpa e arrependimento. E a gente tá sempre olhando pra frente e pensando: quando eu tiver isso, quando eu trabalhar em tal coisa, quando eu casar, quando eu emagrecer, quando eu receber um aumento... e fica postergando a vida, deixando de realmente VIVER! E, quando se dá conta, tem mil coisas erradas AGORA e nos sentimos presas e amedrontadas e sem saber o que fazer.
Então eu acordei decidida a levar mais a sério esse projeto, porque não vou esperar 6 anos, de jeito nenhum!
Estava pensando em me dar de presente, todo mês, uma pequena quantia para gastar em algo que me faça feliz: ir ao cabeleireiro, fazer uma massagem, comprar uma biju... Nada caro, nem extravagante, mas apenas uma quantia que eu gaste comigo mesma, mas como se fosse escolher um presente a alguém muito querido.
Acho que o maior problema é que a gente se critica demais, se machuca demais, e a gente tem que gostar da gente mesma. BEM ASSIM.
Desde que começamos esse projeto eu tenho pensando em muitas coisas: em como a gente é dura demais consigo mesma, em como a gente arruma desculpas esfarrapadas pra não fazer as coisas, em como a gente se despreza, de verdade, ao perder tempo, ao se cuidar mal...
Acho que a gente sabe as respostas que procura, as soluções para os problemas, mas fica se colocando numa posição de vítima para não ter que agir. Mas não sou vítima, sempre achei horrível ser a vítima, a coitadinha, não quero que ninguém tenha pena de mim. Eu quero que as pessoas me admirem!
Semana passada aconteceu o casamento real e eu disse pra mana que Kate Middleton virou minha musa. Pode parecer fútil, mas a verdade é que toda mulher deve ter sonhado um dia, mesmo que tenha sido na mais tenra infância, em casar com um príncipe. Não precisava ser encantado. E a atual Duquesa de Cambridge dedicou-se a um objetivo e conseguiu. A imagem de triunfo que ela passa é incrível. Ela escolheu todos os detalhes do casamento, cedeu a alguns pedidos da Rainha Elizabeth, mas manteve-se fiel a seus desejos e valores.
O exemplo dela não se aplica a casar com um príncipe, mas a conseguir as coisas que a gente quer. Lendo mais a respeito da vida dela, acho-a uma pessoa admirável.
Muitas mulheres falaram mal dela, e não acho que seja inveja, e sim algo muito pior: muitas de nós são ensinadas a simplesmente odiarem mulheres, principalmente as bem sucedidas. Somos levadas a acreditar que mulheres não merecem ser felizes no amor e no trabalho, não merecem ser bonitas, estamos sempre nos comparando umas às outras e nos depreciando! É terrível isso!
Não quero ser assim! Eu quero admirar outras mulheres, quero ser um exemplo, quero ajudar aos outros e a mim mesma, quero julgar menos, quero fazer mais, viver mais, ser mais feliz!
Então está na hora de perder o medo e encarar o desafio da mudança. De verdade. Por isso, vou começar a me pesar toda semana, como algumas das seguidoras fazem em seus blogs. Hoje à noite a mana vai fazer um plano de estudos pra nós duas, e vamos começar! Arregaçar as mangas!
E comprometo-me a postar meus avanços no quesito organização!
Levante a bunda da cadeira você também! MUDE!
Beijos da Taís.