terça-feira, maio 10, 2011

Maternidade em crise

Ser mãe é padecer no paraíso?? Cadê o meu paraíso?

Ser mãe é uma porção de clichês. Só não é mais que o amor romântico.

E no meu caso alguns deles não se aplicam.

Eu vou ser sincera.

Eu amo minha filha, mas ela incomoda mto. E sempre foi assim. Sabe aquela criança chatinha? É a minha. Ela teima pra absolutamente tudo. Sempre tem uma cara feia ou uma reclamação. Sempre tem mil exigências. Ela nunca tá satisfeita com nada.

Posso dizer que quando ela era menor era até pior.

Sabe aqueles bebês que se esgoelam chorando por nada? Era o meu. Aquela criança que se joga no chão e tem chilique? Era a minha. Eu não podia receber ninguém em casa ou visitar ninguém com ela junto. Acostumei a não levá-la junto, pq eu não conseguia aproveitar, nem conversar com ninguém, nem comer, nem nada, qdo ela ia junto.

E até hj é assim. No último evento que experimentei de levá-la, ela pedia pra ir embora de cinco em cinco minutos. Um saco!

Na verdade, acho que acabo deixando ela longe mesmo. Levando na casa das amiguinhas dela, priorizando a TV ou os brinquedos dela no quarto. Longe de mim pra eu poder ter paz.

SUPER NANNY socorro!

E olha que eu não sou uma mãe permissiva. Acho que talvez ter crescido com a avó seja o problema. Minha mãe sim é mega permissiva com ela.

Já cheguei ao ponto de, durante uma viagem que ela não foi, só lembrar dela depois que vi outra criança chorando. É mto triste.

Durante um bom tempo eu tive trauma de ser mãe. Jurei que nunca mais teria outro monstrinho desses.

É horrível, mas é verdade. Todo mundo diz que ser mãe é a melhor coisa do mundo e blábláblá. Quando vai começar a ficar bom pra mim? Eu juro que adoraria que ficasse. Eu vejo aquelas crianças fofas e penso o que tem de errado conosco? Pq minha filha é esse poço de mau humor e egoísmo?


Um dia desses, eu cheguei a me desculpar por uma grosseria dela assim: "eu juro que dou educação pra ela, não sei pq ela não aprende". Mas é verdade. Eu ensino ela a tratar bem as pessoas, a ter compaixão, a falar baixo, a respeitar o sentimento do próximo. E parece que ela entende. Mas quando ela tem que abrir mão de qq coisa, prioriza SEMPRE o sentimento dela mesma. E faz o chilique que for pra conseguir o que quer.

Juro que já pensei em decretar meu fracasso como mãe e mandá-la morar com a minha mãe e com o pai dela. Talvez esquecer essa experiência e tentar de novo. Mas eu amo essa monstrinha. Queria que ela fosse diferente e não sei como fazer.

Minha terapeuta diz que o primeiro passo é abandonar a idéia de que ela é assim. Abandonar os clichês. E dar um cachorro pra ela ter companhia. Eu já penso que talvez tenha que abandonar a idéia de mante-la longe e trazê-la pra perto. Quem sabe ela não precisa de atenção mesmo?

O fato é que, qto mais eu tento consertar os aspectos errados da minha vida, tiro tempo dela. O que vai deixando ela mais estressada e difícil. Talvez eu tenha que começar ontem.

Até pra ver se eu consigo cumprir meu objetivo de dormir mais e melhor (ela não me deixa dormir...Acorda de duas em duas horas).

É a única ideia que me ocorreu. Alguém me socorre?

Beijinhos,

Paula

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Comentários
4 Comentários

4 comentários :

  1. Ainda podem participar :)
    Beijinhos :)

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  2. Podem participar até amanhã :)
    Mandem-se o peso amanhã e a confirmação da vossa participação no desafio :)
    Beijinhos

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  3. Olá Paula, tudo bom?
    Confesso q li com muita tristeza tudo o que falaste sobre tua filha e tua relação com ela. A maternidade para mim é razão de constante alegria (e estresse e cansaço também, claro) e lamento por vcs duas. Não sei q idade tem a tua menina nem as circunstâncias do nascimento dela, mas acredito q sempre há um jeito de recuperar o tempo perdido.

    Afinal, se ela nasceu tua filha é pq deves ter uma missão com ela, veio para a tua responsabilidade e amor. Da maneira como dizes, parece que desististe de ajudá-la a ser uma pessoa melhor, e com certeza, ela percebe isso.

    Boa sorte e tudo de bom pra vcs!

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  4. É, Nessita, eu confesso que algumas vezes pensei em desistir. Mas mãe é mãe, né? Eu amo a minha filha, por mais difícil que ela seja e nunca vou conseguir desistir dela nunca.
    É justamente isso que eu busco: uma forma de nos aproximarmos, de eu conseguir passar pra ela todas as lições que eu gostaria e de sermos felizes juntas. Afinal, o tempo passa tão depressa... Não quero mais perder nenhum momento com ela.
    Obrigada pelas palavras! Dicas são sempre mto bem-vindas.
    Beijinhos,
    Paula

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