Ultimamente tenho refletido muito em como a gente vai incorporando pensamentos,
comportamentos e até opiniões que não são de fato nossos. Não sei se é o caso de mais
alguém aqui, mas com certeza é o meu...
Com a minha mudança pra cá e a ausência do que me era tão familiar, fui me deixando levar
pela vida alheia, permitindo que o outro entrasse e se alojasse dentro de mim completamente,
pintando as paredes, colocando seus quadros, mudando os móveis de lugar, e de repente a
casa não era mais minha...
Me dei conta de que deixei de exercitar quem eu sou, não porque o outro é perverso e queria
me transformar, mas sim porque foi mais cômodo, mais fácil... menos dolorido, do que ter
que me reinventar numa cidade nova e desconhecida... não culpo o outro, nem a mim... era o
que conseguíamos fazer naquele momento, onde tudo era tão novo.
Acontece que hoje eu muitas vezes não me acho, não sei mais meu endereço... é tanta
“tralha” alheia que me sinto perdida; quero a chave da minha casa de volta para cuidar dela
com carinho, varrer cada cantinho, desnudar paredes, esvaziar as gavetas e escolher cada
objeto que eu quero que habite lá... a mesma nova-velha casa para uma velha-nova inquilina.
Estou indo de volta pra casa!!!!
Beijokas,
Sandra C.
Opa, "não há lugar como nosso lar"...
ResponderExcluirKisu!
Bah, essa volta para casa e a volta pra mim mesma, para quem eu sou de verdade, um compromisso firmado comigo mesma!
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