quarta-feira, abril 20, 2011

Desapegar-se dos próprios padrões, preconceitos e medos...


Tirei mini-férias. Era para a mana me acompanhar, mas ela não pôde ir, pelos motivos que explicou aqui. Problemas sérios de saúde. Tive que viajar sozinha, e não era essa minha vontade.
Mas estar sozinha, em outro lugar, é sempre uma oportunidade de encontrar consigo mesmo. E estar longe de onde se vive acaba dando uma outra perspectiva, ajuda a enxergar as coisas com mais distanciamento, e ver, não sei se o todo, mas ao menos mais partes do que aquilo que se vê no dia-a-dia.
Foram poucos dias, mas foram todos ótimos. Senti-me muito bem. Não praguejei uma vez sequer. Conheci pessoas interessantes e legais, dei risadas, dancei, cantei.
Mas dei umas escorregadas em alguns padrões de comportamento que eu tenho. Chega a ser ridícula a minha falta de habilidade de escapar dos meus próprios preconceitos. Eu simplesmente não ouço meu coração. Fico pensando nas possibilidades "b", "c", "d"... enquanto já de cara eu sabia que queria "a"... e mesmo assim não escolho "a" só para me martirizar depois. Isso se aplica a muitas, muitas coisas... um lugar pra ir, um livro pra ler, um filme pra assistir, um novo amigo para conhecer. É terrível. Eu mando minha intuição pastar e meto os pés pelas mãos.
Apegar-se a padrões e preconceitos é muito fácil, porque é mais seguro, claro. Você já sabe o que esperar. Eu já sabia o que esperar. Mesmo assim, apeguei-me ao padrão e perdi uma oportunidade de mudança.
Talvez seja um primeiro passo perceber esse tipo de atitude. Tem gente que não percebe nunca. Passa a vida toda tropeçando nas mesmas pedras e sequer se dá conta! É uma maneira de viver, claro, mas não a que eu quero pra mim.
É possível que o segredo seja parar pra pensar. Quando a gente se percebe numa situação familiar, o melhor é parar e pensar: o que eu fiz antes? E fazer o oposto. Sério. É o que eu devia ter feito, não fiz, e me arrependi.
É aquela briga que eu puxei pela enésima vez e da qual me cansei depois de 5 minutos. Sabia, sim, porque estava brigando. E sabia, também, que não valia a pena. Mas preferi a briga à atitude que deveria tomar porque, por incrível que pareça, a briga era mais segura.
A gente erra feio nisso. Nós somos altamente adaptáveis, tanto às coisas boas, quanto às ruins. Então essa constante busca por segurança, ainda que seja uma "má" segurança é perda de tempo e perda de vida, na realidade. Porque deixamos de experimentar coisas novas e potencialmente felizes, por ficarmos presos aos nossos padrões, preconceitos, e medos.
E, o pior ainda, é ficar amargando arrependimentos e pensando no que poderia ter sido.
Acho que a regra dos 30 dias poderia ser uma boa nesses casos também. Quem sabe antes de tomar uma atitude que não seja urgente, claro, eu pudesse fazer exatamente isso: não fazer nada, anotar as opções num pedaço de papel, e esperar pra ver como a situação se desenrola. Só que, em geral, temos que optar na hora mesmo, e isso é o complicado.
Ainda não sei qual a solução para esse problema, mas quero mudar. Preciso mudar.

Beijos da Taís.

Comentários
2 Comentários

2 comentários :

  1. Gostei muito do teu texto, identifico-me com muitas das coisas que disseste! Temos de perder este medo de arriscar, de poder acontecer nem nós sabemos bem o quê.
    Beijinho e obg pela visaita no meu blog :)
    Vou.te seguir!

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  2. Oi, Ana! Obrigada pelo comentário e por seguir! Beijos da Taís.

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